Sinto-me vítima de mim mesma, incapaz de superar os obstáculos que a mim própria interponho. Não sou fraca, fraca é pouco, e perco uma e outra parte de mim. Vacilo e recuso-me a aguentar o que para dentro contive, já não tenho como não ser fraca, porque fraca é pouco. O silêncio que me invade hoje é propício ao desespero, mas já nem tenho forças para contrabalançar a fraca que não sou, já que fraca é pouco. Mas não choro, recuso-me a chorar, é por orgulho, é por fraqueza, é por ser mais fraca que fraca. E num suspiro, finjo o meu melhor sorriso, porque sou fraca, fraca é pouco, e não tenho forças para falar. Fraca, fraca é pouco...
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