Delineei nas estrelas o contorno do teu corpo e, esperando que da forma nascesse a matéria, ansiei pela tua chegada. Do rosto não poupei nos pormenores, no busto torneei o que tonificado já havia sentido. fechei os olhos, e mentalmente procurei o calor do que em memórias sabia a pouco... tateando o vazio, encontrei a tua mão pendente para mim, e sem fazer força ou debatendo-me para oferecer resistência, pulei na direção do corpo firme que me oferecia o seu abraço. estendi-me o mais que pude na tua direção, para alcançar o rosto que há muito protagonizava cada sonho que vivia. a fugacidade de cada beijo tornava o desejo cada vez mais insaciável e entre suspiros e murmúrios, eu pouco ou nada era capaz de verbalizar sem ser o teu nome... a escuridão da noite imperiosa acentuava o brilho e ondulações delicados do teu cabelo onde havia perdido as minhas mãos, enquanto a luminosidade da lua era suficiente para perpetuar cada expressão por ti mimetizada.
a ânsia para te alcançar, tornou-se no vício de não poder não te ter, e há vícios que fazem tão bem...
a ânsia para te alcançar, tornou-se no vício de não poder não te ter, e há vícios que fazem tão bem...