Enquanto repouso no peito que me ofereces, eu sinto que o que me prende a ti se resume mais do que à força dos braços que pendem em torno da minha cintura. Deitada sobre o teu peito, a batida que o teu coração imprime torna-se a melodia com que acordo, com que adormeço, com que vivo. E a cada insuflada de ar mais profunda, sempre que me peito se inflama e se ergue para teu perfume absorver, a descarga elétrica que despoleta é denunciadora do que outrora fui forçada a esconder.
Trauteio, e melodiosamente cantando me respondes, os versos da canção que me queres ouvir cantar: talvez porque te habituaras a ela, porventura é a única em que não desafino, quiçá é a única que conheço por completo e não me atrapalho com a letra. E enquanto as tuas mãos deslizam no meu rosto, para descobrir todos os seus segredos, eu fecho os olhos e recordo o tempo em que vivi de sonhos e recusei o real, porque o real de hoje foram os sonhos de um dia...
Trauteio, e melodiosamente cantando me respondes, os versos da canção que me queres ouvir cantar: talvez porque te habituaras a ela, porventura é a única em que não desafino, quiçá é a única que conheço por completo e não me atrapalho com a letra. E enquanto as tuas mãos deslizam no meu rosto, para descobrir todos os seus segredos, eu fecho os olhos e recordo o tempo em que vivi de sonhos e recusei o real, porque o real de hoje foram os sonhos de um dia...