Ainda não me havia habituado aos contornos do teu rosto. Nas pontas dos dedos, sentia a ansiedade frenética de quem um dia ousou sonhar o que hoje vive em felicidade extrema, e que tenta absorver tudo enquanto pode. Perco-me no olhar que um dia me trouxe conforto, que hoje me observa e me adora, incapaz de ser mimetizado ou repetido pelos demais. Porque entre beijos e abraços, entre trovas e melodias que te canto e profiro, eu sinto no peito o chamamento que indicia quem és para mim, porque quem bate o coração que a ti to entreguei, enquanto que sob a pele suave do teu corpo sei que o que vibra e pulsa e dispara a mim também pertence.
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